sábado, dezembro 24, 2005

Feliz Natal!


Como já estou um bocadinho farta do Pai Natal tradicional, barrigudo e tal, decidi desejar-vos Bom Natal por intermédio de uma Mãe Natal. Mas esta Mãe Natal não é uma Mãe Natal qualquer, ah pois não! Ela veio da Lapónia cá para Portugal, chama-se Monjka e tem uma história de vida deveras complicada. Mas isso não vem ao caso. O importante agora é que quero desejar, por intermédio da Monjka, um Feliz Natal a todos, repleto de alegria, felicidade e tudo e tudo e tudo...



quarta-feira, dezembro 21, 2005

Nunca me deixes...


É impressionante a tua força, é impressionante a garra e a alma que pões em tudo o que fazes. Essas mãos, que já tanto trabalharam, têm um jeito só seu para me adormecer...As rugas que tens na face contam histórias que eu já conheço de cor…Tens os olhos mais lindos que eu já vi, cinzentos, grandes e brilhantes, que se encheram de água da primeira vez que me viste de bata branca e com um estetoscópio ao pescoço…Tens tanto orgulho em mim e dizes-me isso vezes sem conta, só que acho que nunca te respondi…Mas ainda vou a tempo. Sinto necessidade de te dizer que tenho um orgulho imenso em ti, já passaste por tantas provações e, mesmo assim, conservas essa alegria e esse bem-estar que sempre te conheci…O teu sorriso eleva-me a alma e a acalma-me…És a pessoa mais genuinamente bondosa que conheço, dás tudo pelos outros, principalmente por mim…Tens sempre a palavra certa, dizes-me sempre o que preciso de ouvir…
Às vezes ponho-me a pensar como é que tive a sorte de te ter na minha vida. Não encontro razão nenhuma, mas chego sempre à mesma conclusão: tenho que te mimar e tratar-te com (ainda) mais carinho do que tu me tratas a mim…Tu mereces tudo…Eu sei que te negligencio de vez em quando, mas não é por mal, juro, é só porque sou parva, parva, parva, parva… Desculpa por tudo o te tenho dito de menos bom quando não estou nos melhores dias, tu sabes que é da boca p’ra fora…

Desculpa…

Amo-te Avó…Nunca me deixes…

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Virei a página...



Sinto-me presa, sinto que algo me prende e não me deixa ser eu, simplesmente eu, a pessoa que sempre fui e que, agora, inexplicavelmente não consigo ser…
Sinto-me perdida, como se estivesse no meio de uma multidão, que me abafa e não me deixa ver o caminho para casa... Mas eu quero ir para casa, desesperadamente…Quero tanto ir para casa…
Não há ninguém que me guie, parecem todos muito mais importados em seguir o seu próprio caminho.
E se eu não encontrar o meu caminho sozinha? O que é que me vai acontecer? Vou continuar perdida e sem me encontrar durante quanto tempo?
É isto que me assusta, não saber quando é que vou voltar a ser a mesma pessoa que era. Assusta-me ter tomado consciência que ando totalmente perdida, à deriva, e, mesmo assim, não conseguir fazer absolutamente nada contra isso…
Sinto-me fraca, sem forças para lutar pelo que quer que seja, a única coisa que quero é estar assim, estática, entorpecida, hibernada nos meus pensamentos e na minha dor de estar perdida…
Não há nada que me faça sentir completa neste momento, tudo é triste, tudo é desinteressante, tudo é repetido, não há nada novo, nada que me desperte a atenção e me faça acordar desta letargia em que estou mergulhada…
Nunca me senti assim, não estou habituada a estar triste, não é algo normal em mim, a tristeza. Todos se acostumaram a ver sempre um sorriso na minha cara…E eu tento, eu tento dar às pessoas o sorriso que elas sempre viram em mim, mas é tão falso esse sorriso. Tão falso que às vezes até tenho vergonha de sorrir com medo que alguém denote tamanha falsidade da minha parte…
Não tenho a mínima vontade de sorrir, não tenho motivos para sorrir…
Pensei que fosse ser muito mais fácil suportar um ano como este, em que as prioridades estão, à partida, assumidas e em que o fracasso nem sequer é equacionado, mas estava enganada. Tão enganada que até dói…Falta saber se fui eu que me enganei ou se me enganaram, mas até isso eu não tenho vontade de descobrir. Não tenho vontade de nada, nada, nada…
Só gostava de saber quando é que isto vai acabar e quando é que vou ter vontade de ser eu outra vez. É tão triste ter-se a perfeita consciência que não se é a mesma pessoa e, mais triste é não ter vontade de mudar nada para voltar a ser o que sempre se foi. A minha vida, neste momento, é exactamente isto, uma cambada de antíteses e oxímoros, quero mudar, mas não tenho vontade, quero sorrir mas não tenho motivos, tenho uma vida que é minha, mas não me pertence… Sou eu sem ser eu…
Não sei se preciso de ajuda ou não…
Se calhar preciso, se calhar não preciso…Se calhar só preciso de vontade, mas essa vontade vem de onde? Será que tenho de a ir procurar? Mas acho que nem isso me apetece…


Este texto foi escrito há, sensivelmente, um ano atrás, numa fase menos boa da minha vida...er...pronto, "menos boa" é eufemismo, foi mesmo na pior fase da minha vida. Agora que virei a página, decidi postá-lo porque, como diz aquele senhor (do qual não me lembro do nome) naquela música (que agora, assim de repente, também não me lembro como se chama) "Recordar é viver!".
E recordar estes momentos só me faz dar (ainda) mais valor ao que estou a viver agora.


Beijo pa todos os que (consciente ou inconscientemente) me ajudaram a virar a página
Beijo pa todos os que, hoje, me fazem esquecer que esta sequer página existiu

quinta-feira, dezembro 15, 2005

De Volta...


A exemplo de um certo blogue que alguém decidiu "recuperar", este blogue também vai ser "recuperado". Sei que já passaram alguns (muitos!!!) dias desde o último post, mas nunca é tarde pa voltar (pelo menos neste caso).
Pois é, eu tinha decidido não voltar a escrever neste blogue, em parte por alguns dos posts aqui feitos, que não fazem sentido na actualidade, mas o passado não pode ser apagado. Ou melhor, neste contexto até pode, mas eu não vou fazer isso. Muita coisa mudou, muita coisa mesmo, mas isso fica para os próximos posts.
Claro que não vou descurar as despedidas, isso mantém-se!!


A todos os meus babies da Covilhã , um beijo de desespero (véspera de integrado)
Ao pessoal da Terrinha, um beijo cheio de saudades
À minha prescrutadora de mentes, um beijo especial